Tecnologia a Serviço da Eficiência: Copasa Lança Plataforma para Combater Desabastecimento em Minas Gerais
- renan Henrique
- 2 de nov. de 2024
- 3 min de leitura
Publicação 02 novembro de 2024

Uma inovação tecnológica criada pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) está trazendo importantes benefícios à população, assegurando um monitoramento eficaz das redes de distribuição de água e da coleta de esgoto, e prevenindo problemas antes que atinjam os consumidores.
Uma nova tecnologia inovadora desenvolvida pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) está trazendo melhorias significativas para a população, garantindo um monitoramento eficiente das redes de distribuição de água e coleta de esgoto, prevenindo problemas antes que afetem os consumidores.
Nomeado Sistema Integrado de Supervisão (Copasis), esse projeto está atualmente em sua segunda fase de implementação e visa monitorar à distância, em tempo real, o nível dos reservatórios, o funcionamento das bombas de água e as redes de esgoto. Isso possibilita uma resposta rápida a falhas e evita que os clientes enfrentem a falta de água ou outros contratempos.
A plataforma oferece dados para análise por meio de representações gráficas em tempo real e já está sendo implantada neste semestre. Idealizado pelos engenheiros de automação Alexandre Marques e Samuel Rodrigues, o projeto começou a ser desenvolvido em 2019 e faz parte de um conjunto de ações para mitigar os impactos no sistema de distribuição e abastecimento de água, especialmente durante ondas de calor e outras adversidades climáticas.
De acordo com Samuel Rodrigues, a plataforma já opera em quase 2 mil unidades operacionais em cerca de 300 localidades do Estado. “Com as telas de monitoramento desta segunda fase, podemos acompanhar em tempo real o nível dos reservatórios, analisar dados sobre as condições do sistema de distribuição de água e detectar falhas nos conjuntos de bombeamento, enviando notificações imediatas à Cemig em caso de falta de energia elétrica”, destaca.
O monitoramento em tempo real também possibilita avaliar o perfil de consumo dos sistemas de abastecimento, o que permite o desenvolvimento de ações de melhoria. Com a criação de uma base histórica de dados extraídos da plataforma Copasis, será viável planejar melhor as obras de expansão do sistema, aumentando sua eficiência.
Gabriela Correia, engenheira de automação da equipe de desenvolvimento do Copasis, ressalta que o principal benefício do projeto é a prevenção das causas de falta de água, exceto aquelas provocadas por falhas de energia, já que as ações dependem de um terceiro. “Quando ocorre uma falha eletromecânica, por exemplo, em uma elevatória anterior ao reservatório, a identificação imediata permite que as equipes de manutenção atuem rapidamente, reparando danos de forma ágil. Essa velocidade nas ações impede o esvaziamento total do reservatório, evitando desabastecimentos”, explica.
Com relação à estrutura operacional, Gabriela observa que, devido à complexidade e à vasta área da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o gerenciamento do sistema de abastecimento de água e da coleta de esgoto é dividido em dois subsistemas: macro e microoperação de água e esgoto. Essa característica particular os diferencia de outros sistemas onde a Copasa atua, exigindo tecnologia e soluções inovadoras para tornar os processos operacionais mais eficientes e alcançar melhores resultados.
Desde 2006, a macrooperação de água conta com um sistema de monitoramento à distância no Centro de Operação de Sistema (COS). O Copasis surgiu da necessidade de expandir essa estrutura para a microoperação de água e esgoto em todo o Estado, replicando um modelo de monitoramento que já apresentava bons resultados na região metropolitana de Belo Horizonte.
Os sistemas de distribuição de água incluem elevatórias de água tratada (EAT) equipadas com dispositivos para bombear a água. A maioria dessas elevatórias está situada em dois pontos específicos: antes dos reservatórios, para impulsionar a vazão e enchê-los, e após os reservatórios, onde têm a função de pressurizar a rede para abastecer áreas mais altas da cidade.
Na microdistribuição, a operação das EATs e o controle do nível dos reservatórios são realizados por automatismos locais com programação inteligente para manter a estabilidade do sistema de abastecimento, equilibrando a distribuição de água conforme as variações de consumo ao longo do dia. Até recentemente, todo esse monitoramento era feito in loco, dificultando a identificação imediata de falhas. Muitas vezes, as equipes só eram alertadas sobre uma falha eletromecânica depois que os consumidores começaram a relatar a falta de água.
Agora, com o Copasis, o monitoramento é totalmente remoto, permitindo que as equipes se desloquem aos locais apenas quando necessário para manutenção. "Esse sistema nos possibilita agir de forma preventiva e rápida, evitando que os consumidores sofram com falhas que antes demorávamos para detectar", conclui Gabriela.

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